sexta-feira, 26 de março de 2010

Rodolfo Coelho Cavalcanti



Nos tempos auréos do cordel, ele foi considerado o grande mestre, além de poeta , era um folheteiro sem igual. Quem o viu vendendo seus cordéis nas feiras(inclusive na grande feira, das segundas-feiras de Feira de Santana) conta que era um verdadeiro show artístico ao ar livre. Dizem até que é dificil se ele era melhor poeta cordelista ou vendedor de sua obra.
Na realidade o que se pdoe dizer é que foi um grande brasileiro, mas um gênio que o Brasil precisa conhecer melhor para valorizá-lo mais.
O site http://www.casaruibarbosa.gov.br/cordel/RodolfoCoelho/rodolfoCoelho_biografia.html trás estas informações sobre o nosso homenageado:

“Rodolfo Coelho Cavalcanti nasceu em Rio Largo (AL) em 1919. Entretanto, consta do registro de nascimento a data de 1917. Filho de Arthur de Holanda Cavalcante e Maria Coelho Cavalcante, foi criado pelos avós maternos até os 8 anos, quando retorna à casa dos pais. As constantes mudanças entre Maceió e Rio Largo o obrigaram a trabalhar para ajudar no sustento familiar.
Adolescente, percorre parte do Norte e Nordeste, atuando como camelô, palhaço de circo, dentre outras atividades. Desde essa fase, já se faz notar como bom versejador, participando de pastoris, cheganças e reisados.
Defensor dos poetas
Em Parnaíba (PI), adquire folhetos do poeta e editor João Martins de Ataíde para revender, começando assim sua vida de folheteiro. Instala-se em Salvador (BA), em 1945, firmando-se como defensor e líder da classe de poetas. Publica folheto dedicado ao governador Otávio Mangabeira, que libera poetas, cantadores e folheteiros da proibição de comercializarem seus produtos em praças públicas. Publicou principalmente em Salvador e Jequié; formou uma vasta rede de agentes distribuidores em todo o Nordeste, editou também na Prelúdio (SP).
Realizou na Bahia, em 1955, o I Congresso Nacional de Trovadores e Violeiros. Como jornalista, fundou alguns periódicos, como A Voz do Trovador, O Trovador e Brasil Poético.
Percorreu vários temas da literatura de cordel, os mais recorrentes foram os abecês, biografias, cantorias e fatos do cotidiano. Foi também tema de vários poetas e pesquisadores da literatura de cordel.
Folhetos artesanais
Seus folhetos, em sua maioria, de oito páginas, com capas em xilogravuras ou clichês, eram confeccionados artesanalmente, com a ajuda dos filhos. Somente a impressão era feita em tipografias.
Publica o primeiro folheto, Os clamores dos incêndios em Teresina. Publica o ABC de Otávio Mangabeira, em 1949; ABC da praça Cayrú, [19--]; ABC de Getúlio Vargas, [19--]. Seu primeiro grande sucesso de vendas foi A volta de Getúlio, de 1950. Na Prelúdio (SP), os folhetos ABC dos namorados, do Amor, do Beijo e da Dança e A Chegada de Lampião no Céu, ambos em 1959.
Morreu em 1986. Pouco antes, enviou trova para o II Concurso de Trovas de Belém do Pará: “Quando este mundo eu deixar / A ninguém direi adeus / Dos poetas quero levar / Suas trovas para Deus.”

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