segunda-feira, 17 de maio de 2010

Santana - O Cantador Da Nossa Cultura Popular



Hoje o “A Arte Do Meu Povo” homenageia Santana – O Cantador. Você pode ta se perguntando, mas o objetivo do blog não é divulgar e homenagear pessoas que não tem acesso a grande mídia? Santana tem um bom acesso. E eu respondo, é verdade que Santana já é bem conhecido do grande público, mas não tanto quanto merece. Pelo que esse rapaz faz para divulgar a nossa Cultura Popular Nordestina, ele merece ser reverenciado, e na minha opinião toda homenagem é pouca. Então é com orgulho que está aqui para você Santana – O Cantador.

A pesquisa foi feita no site oficial do cantador http://www.santannacantador.com.br/, de lá retirei as seguintes palavras:




Santanna - O Cantador
O maior influenciador do seu estilo é o imortal Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Em 1984, veio conhecer Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, de quem se tornou amigo particular. A admiração pelo Rei transformou-se em grande amizade. Participou de vários shows seus, fazendo a abertura e, em seguida, fazendo vocal.

Tornou-se cantor profissional em 1992.

Santanna é um artista nordestino nascido em Juazeiro do Norte - CE, em 29 de fevereiro de 1960, recebido pelas mãos firmes, calosas e carinhosas da parteira Maria Baião. Dizem, que foi aí que se ouviu o seu primeiro aboio.

Santanna, o Cantador, descende de família de artistas e teve, na sua infância, a influência do aboio do vaqueiro nordestino, do canto das lavadeiras, do canto das rezadeiras e, finalmente, do canto dos cantadores violeiros e emboladores.”




Embora sendo um grande intérprete da música popular, em especial do forró, Santana tem parcerias em composições maravilhosas como estas aqui:




Nunca Chore Por Mim
(Santanna/Luiz Alberto Machado)


Nunca chore por mim
Não chore não
Que um dia eu volto
Pra te buscar
A partida e o caminho
Nas minhas mãos
E olhos da vida
A me vigiar
Eu percebo o destino sob os meus pés
E a saudade no peito agourando a solidão
O exílio e o aceno na estação
Incidem na voz um lamento de adeus
De quem vai se entregar
Seja em qualquer lugar
Onde a sorte vier

É seguir cada qual a sina de agora
Desatino vadio da ilusão
O apito do trem apressa a hora
Marcando o compasso do meu coração
Cada rosto se expõe na dor que chora
Quando o sonho é varrido pela paixão
Já é tarde estou indo, eu vou embora
É que o choro arrocha o nó da canção
De quem vai se entregar
Seja em qualquer lugar
Onde a sorte vier

Perdão dos amores desfeitos na tora
Arrancados no véu da contra-mão
Fizeram outono na minha história
Atraindo abono e a distração
Pelas ruas ganhei a pose e o disfarce
O abraço e o perigo da delação
Para a vida ofereço a outra face
E pra morte celebro a confissão
De quem vai se entregar
Seja em qualquer lugar
Onde a sorte vier.





O Verbo “Se”
(Accioly Neto/ Santanna)


Dizem que os olhos da gente
São as janelas da alma
Que o mundo não pode abrir
E eu preservo os meus segredos
Por quantos dias não sei
Pra quem ousar descobrir
Dizem que os olhos da gente
Revelam, entregam.
Que quanto mais for profundo
Mais fácil se trai
As intenções lá de dentro
Desejos ocultos
De certas bocas que dizem:
Você nunca mais!
Dessa água não beberei
Eu nunca mais vou ser triste
Desse tempo eu já passei
O verbo “se” não existe.






Orvalho de Estrelas
(Anchieta Dali/ Santanna)


Bem
Em teu olhar
Mora o sorriso radiante
Das centelhas do amor

Vem
Do céu, do mar
Do infinito mais profundo
Dos confins da maravilha

De lá de onde
Nascem os desejos
Que cristalizam
Os segredos da paixão

De lá de onde
Nascem os desejos
Que cristalizam
Os segredos da paixão

Então se vê
Um orvalho de estrelas
E um banho de lua cheia
Lava o rosto da saudade

Então se vê
Um orvalho de estrelas
E um banho de lua cheia
Lava o rosto da saudade.







Xote Universitário
(Accioly Neto/ Santanna)


Eu perdi o vestibular de medicina
Minha mãe ficou zangada e eu nem um pouco
Eu não sei, mas talvez seja muito louco
Aprender a receitar Penicilina
Sou nervoso e tenho medo de ver sangue
E a família quer me ver na cirurgia
Costurando quem vem lá do “bang bang”
Que aparece na TV, pois acontece todo dia.
Pra ter um anel no dedo
E um DR no nome
Ser um grande homem
Feliz e famoso
Mudar de repente
Meu comportamento
Tão escandaloso
Casar com uma virgem que nem minha tia
Não me envolver com essa má companhia
Que não se penteia, freqüenta cadeia
E lugar perigoso
Tenho medo da policia e de bandido
Alergia a marido corneado
E um irmão que não me sai do pé do ouvido
Me dizendo que eu devia estudar pra advogado
Outro diz pra eu estudar engenharia
Mesmo sem ter vocação
E eu digo: esqueça!
E pergunto se esse peste gostaria
Que o prédio que eu fizesse lhe caísse na cabeça.




"E VIVA A ARTE DO MEU POVO!!!"

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